“E isso é um dado relativamente novo que vem acontecendo nos últimos anos e que mostra realmente o Brasil é um país emergente e que tem o seu lugar no mundo da ciência”, diz o representante da Unesco no Brasil, Vicent Defourny.
O país investe 1,1% do PIB na produção científica. O que dá 23 bilhões de dólares por ano. Igual a países como Itália e Espanha. Mas ainda longe de Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.
Hoje, o Brasil ocupa o 13º lugar na publicação de artigos científicos. No ano passado, foram 26.482 publicados e todo ano, 11.300 mil novos doutores se formam nas universidades brasileiras. Bem melhor do que há 30 anos, quando apenas 500 conseguiam o título por ano.
“Numa sociedade que é cada vez mais baseada no conhecimento a pesquisa é fundamental. E isso tem tudo a ver com o desenvolvimento de uma nação”, fala Defourny.
As novidades são boas. Mas ainda há problemas. A pesquisa ainda está concentrada nos estados da região Sudeste e pelo setor público. Em países como os Estados Unidos são as empresas que lideram os investimentos na área.
O registro de patentes mostra bem isso. Enquanto em um ano as empresas brasileiras inventam e registram em torno de cem novos produtos. Na China, só no ano passado, foram mais de 1.650. Mas para o pesquisador do CNPQ Fernando Barros, isso está mudando. Os empresários brasileiros já começam a ver que investir em pesquisa pode ser um bom negócio.
“Hoje, com essa transformação da economia, os empresários brasileiros estão investindo mais na inovação e estão querendo ficar mais competitivos”.