Conheça as sete virtudes necessárias para um executivo

A expectativa do mercado de trabalho para 2010 é positiva, com oferta maior de vagas, já que as empresas estão reabrindo postos que ficaram paralisadas durante a crise econômica. Para os executivos, não é diferente.

Porém, de acordo com o consultor em Recursos Humanos e Gestão Estratégia de Pessoas, Laerte Leite Cordeiro, procurar emprego sempre é complicado e a situação não será diferente durante este ano, mesmo sem a crise. Existirão executivos desempregados ou insatisfeitos que competirão pelas vagas disponíveis no mercado.

Para Cordeiro, a cada nova crise, as organizações racionalizam sua administração e a busca por executivos torna-se mais seletiva. Os empregadores buscam colaboradores com maior qualificação e que tenham maior desempenho para eventuais promoções hierárquicas internas.

As sete virtudes executivas

Segundo Cordeiro, embora as virtudes executivas a serem procuradas possam ser muitas, elas podem ser resumidas em sete grandes grupos. Confira abaixo quais são:

- Alta escolaridade e procura do autodesenvolvimento: a graduação universitária não é suficiente para um executivo. Hoje, espera-se mais do que um curso de pós-graduação, um MBA (Master Business Administration) ou Mestrado. No processo seletivo, é avaliada a instituição. O candidato também será julgado pelo interesse e esforço no seu desenvolvimento profissional, especialmente pelos cursos de aperfeiçoamento feitos no Brasil ou no exterior.

- Competência em tecnologia da informação: o executivo virtuoso em 2010 será aquele que, além das ferramentas básicas, tenha conhecimento e prática dos chamados sistemas ERPs (Enterprise Resource Planning) - sistemas de informação que integram todos os dados de uma empresa.

- Proficiência em idiomas: além do português, que é uma obrigação, duas outras línguas serão pedidas aos executivos, o inglês e o espanhol. Não basta ter conhecimento intermediário ou mesmo avançado. É importante que a habilidade em inglês seja fluente, pois será necessária para trocas de e-mails, telefonemas internacionais, videoconferência, defesa de orçamentos e planos, treinamento no exterior e visita a feiras. Tudo isso requer proficiência em inglês. No caso do espanhol, a língua está crescendo no mundo, inclusive pela participação da Espanha nos negócios internacionais. Outros idiomas também são considerados diferenciais.

- Competência para relações humanas: esta é a mais importante das virtudes. O relacionamento humano é a variável de competência mais complexa, mas, ao mesmo tempo, a mais estratégica. Esta qualidade inclui a capacidade para relacionamento com todos os públicos da empresa. O candidato precisa entender as pessoas, saber se comunicar, motivar sua equipe, administrar conflitos, reduzir resistências e fazer sua equipe crescer.

- Envolvimento com temas, instituições e programas de sustentabilidade e preservação ambiental: são áreas novas de preocupação social e empresarial. Não é mais aceitável que um executivo esteja distante ou alheio a estes temas. O profissional moderno e atualizado é aquele que compartilha e participa das ações de inclusão, sustentabilidade e preservação ambiental, tanto dos governos como das organizações. A atualização do executivo com relação a esses assuntos será fundamental e certamente avaliada nos processos de seleção para posições de comando.

- Contínua busca de atualização geral: o executivo desejado terá como marca uma preocupação com a sua atualização. Certamente, as empresas desejarão profissionais que sejam informados sobre o que acontece nos mercados, nas empresas e nos negócios em geral. Será importante também a atualização com relação a assuntos comunitários e sociais. O candidato deve ler o máximo que puder, ir a todos os congressos possíveis, acessar a internet com frequência e estar a par do que acontece em seu contexto profissional e cultural.

- Estilo de atuação eficaz: o profissional virtuoso deve oferecer padrão de liderança competente, adequado e que o leve a ser o melhor meio para o alcance dos objetivos de pessoas, das equipes e da empresa em que atua. A eficácia no desempenho das ações permitirá a flexibilidade no padrão gerencial e impedirá a dependência dos superiores, a superficialidade das crenças e ações, o imobilismo no trabalho, o derrotismo nas posturas e a miopia na visão executiva.

Por Equipe InfoMoney - InfoMoney

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