Adaptações em condomínios residenciais passam a incluir itens como passagens mais largas e barras de apoio

Muitas empresas ainda cobram por alterações para acessibilidade solicitadas em imóvel comprado na planta

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O idoso que busca um imóvel adaptado a suas necessidades ainda esbarra em opções pouco adequadas, mas isso começa a mudar.
Um decreto federal de 2004 obriga as construtoras a atender as normas técnicas de acessibilidade fixadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para obter o Habite-se (licença para ocupar o imóvel).
Os empreendimentos, contudo, geralmente trazem apenas o mínimo exigido, como rampas de acesso.
Em relação a modificações dentro do apartamento, algumas construtoras permitem fazer adaptações ainda na planta, mas a maioria cobra uma taxa pelo serviço.
Várias empresas, porém, têm se preocupado em adaptar mais seus lançamentos.
Desde o fim do ano passado, a Camargo Corrêa permite a adaptação da planta dos apartamentos do primeiro andar para idosos e deficientes sem custo adicional, até seis meses após o lançamento. Os primeiros com esses diferenciais são o In Jardim Sul e o Soul Jardim Sul, ambos na Vila Andrade (zona sul).
"Nós pensamos em vários públicos, como uma mulher que precise sair de casa com um carrinho de bebê ou um morador que tenha quebrado a perna", menciona Rosane Ferreira, diretora de incorporação da Cyrela-SP.

ADEQUAÇÕES
Ela diz que todos os imóveis estão sendo lançados com adaptações, independentemente do padrão. Há áreas para resgate de cadeirantes nas escadas de emergência e elevadores compatíveis com cadeira de rodas.
No Ópera Prima, com 76 unidades de 138 m2 a 146 m2 que a Rossi GMS constrói em Cuiabá (MT), pontos de acesso atendidos por escadas terão também rampa ou elevador. Na piscina, haverá um corrimão adaptado.
No Reserva Bacutia e no Esplendido Enseada, a serem lançados em julho em Guarapari (ES) pela Vargas Construtora, há 10 cm a mais na largura das portas, barras de apoio nos banheiros e rampa de acesso na garagem.
Para Marcos Cardone, arquiteto-superintendente da Cabe Arquitetos, a arquitetura também deve tornar os espaços menos opressores.
"Quanto mais velhos ficamos, maior é a intolerância com pequenas coisas, por isso opto [em projetos para idosos] por cores estimulantes, circulação interna livre e climatização agradável." (RC)

Fonte: Folha.com

 

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