Pesquisadores em avaliação educacional dizem que, devido à metodologia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), não haverá vantagem ou desvantagem aos alunos que eventualmente tenham de fazer uma segunda prova.
Isso porque o Enem usa a TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que as questões são divididas, grosso modo, em fáceis, médias e difíceis. Para compor a nota, que varia de zero a mil, importa o quão longe o aluno chega na escala --se acertou uma questão de nível 800 e errou as de 850, sua nota será 800.
O TRI identifica ainda se o acerto de uma questão difícil foi um "chute". Se o candidato errou questões de dificuldade média e acertou uma difícil, o acerto desta última não terá muito peso na nota.
Uma dificuldade na TRI, afirmam os pesquisadores, é acertar, com precisão, que questões diferentes tenham o mesmo grau de dificuldade.
A TRI, porém, corrige erros de calibragem. Isso porque há mais de uma questão de um mesmo nível. Se uma questão difícil estiver com um grau acima de dificuldade, haverá outras de nível menor para avaliar o aluno.
"O Inep não quer fazer uma prova mais fácil ou difícil. Ainda que ocorresse, não haveria prejuízo ao aluno", diz Dalton Andrade, um dos coordenadores do instituto.
"Aplicar duas provas exatamente com a mesma dificuldade é quase impossível. Mas a TRI faz o ajuste", afirma Tufi Machado Soares, pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora. Fonte: UOL / Educação