Trabalho de recuperação de área degradada e manutenção dos jardins foi realizado pela artista plástica Neusa Macedo Soares e pela ambientalista Lilian Marques com apoio da instituição

A transformação de uma enorme área degradada em uma importante reserva florestal dentro do UNIVEM e o trabalho de cultivo e manutenção dos jardins do campus foi tema de matéria publicada no Jornal da Manhã, no último dia 7 de julho, na coluna Marília Sustentável, assinada pela jornalista Célia Ribeiro. 
O material traz depoimentos da artista plástica Neusa Martins Macedo Soares – esposa do reitor do UNIVEM, Dr. Luiz Carlos de Macedo Soares  e da ambientalista, Lilian Aparecida Marques de Oliveira, responsáveis pelo trabalho de recuperação e manutenção da área de cinco alqueires, há mais de 20 anos.
Segundo relatam, a princípio, o desafio era recuperar os jardins da universidade. No entanto, a preocupação com a preservação do meio ambiente, levou-as a um trabalho ainda maior. Com orientação do ambientalista e técnico agrícola Emílio Peres, e muita persistência transformaram o lugar.

Durante a entrevista, Neusa e Lilian falaram sobre as resistências que enfrentaram por parte dos alunos à época, das dificuldades financeiras para aquisição das mudas e plantas e, com muito bom humor, das viagens ao Ceasa em São Paulo e das noites sem dormir para garantir a compra e os melhores preços. “A gente pegava o caminhãozinho e passava a noite viajando até São Paulo. Chegava a meia-noite, levava rede, colchão e esperava o CEASA abrir”, recordaram.
Dos jardins na entrada do campus, passaram para as laterais e para a parte de trás. Depois, foi a vez de colocar um pouco de verde no interior dos prédios. Hoje, são mais de 350 vasos de plantas espalhados nas áreas administrativa, educacional e espaço de convivência.
Passada a fase da remodelação do paisagismo, iniciaram a recuperação da área degradada. Dos 07 alqueires da instituição, em 05 deles havia muitos problemas.
Aos poucos, foram realizados plantios de mudas até atingir as três mil que compõem a reserva onde um lago foi formado a partir da canalização de minas e que serve para irrigar as plantas no período de seca. “Fizemos curvas de nível e fomos avançando devagar, usando nossos próprios funcionários”, explicou Lilian.
Os galhos, folhas e raízes secos da floresta são aproveitados na produção de adubo. Na reserva natural, todo o material orgânico é decomposto e depois utilizado na nutrição dos jardins que também recebem mistura de resíduos de pó de café e chá, muito úteis para fortalecer as plantas.
Ao fim da entrevista, no meio do jardim, com o vento do inverno balançando palmeiras e coqueiros imponentes, Neusa Macedo e Lilian Oliveira só tinham um desejo: chuva. “Quando as plantas estão assim, tristinhas, sem chuva, a gente fica triste também”, comentou a paisagista. Já a artista plástica disse que ao ver “tudo florido, colorido, penso como a natureza é linda e Deus é tão maravilhoso”.
Vale destacar que o trabalho de Neusa Soares vai além do cuidado com as plantas. Muitas esculturas que estão presentes nos jardins do campus foram produzidas por ela, uma entusiasta na arte e do meio ambiente.

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