Apesar de parecer uma afirmação corriqueira e verdadeira, ela pode esconder uma atitude arrogante e desumana em sua concepção.
Eu fui perceber isto muito recentemente após assistir a peça de teatro “A Alma Imoral”. Uma das histórias contadas por Clarice Niskier fala de um homem muito rico que se alimentava apenas de pão duro. E por ser muito rico e alimentar-se deste jeito, corria o risco de – analogamente – achar que os pobres podiam comer pedras.
Quando afirmamos não sermos melhores nem piores do que ninguém, colocamo-nos como parâmetro de “normalidade” e – de alguma maneira – corremos dois riscos em potencial:
1) Acreditar que TODOS podem ter o mesmo desempenho que o nosso e desprezar àqueles que não atingirem o que impusemos como padrão ”normal” de desempenho;
2) Exigir de nós mesmos patamares de desempenho iguais aos dos demais em todas as esferas do conhecimento e nos tornarmos infelizes.
Você será SIM melhor do que os outros em alguns aspectos e será SIM pior do que os outros em outros. Ninguém é bom em tudo o que faz e também é verdadeiro dizer que todos têm seu talento próprio.
O que liga estas diferentes habilidades em prol de um objetivo comum é a liderança. Ela é a capacidade de respeitar os demais em seus limites e desenvolver-lhes novas habilidades.
Acredito que a possibilidade de tornar-se bem-sucedido é quando há a perfeita combinação do melhor talento de uma pessoa (acredito todo mundo tem o seu melhor talento) com uma atividade profissional que exija este talento como fator crítico de sucesso. E aí exemplos não faltam: é como um cara que adora degustar vinhos e encontra alguém que lhe paga para fazer isto!
Saber reconhecer seus talentos e suas limitações assim como saber reconhecê-los nas demais pessoas com quem você interage é – em si – um fator crítico para você alcançar o seu sucesso!
BOA SORTE! Fonte: Portal Você S/A / Blog do Marcelo Cuellar