Pode parecer um pouco feminista da minha parte, mas ainda acho que vivemos em um mundo que conserva muitos preconceitos contra as mulheres e que fica ainda mais evidente quando nós mulheres somos solteiras ou pior ainda, divorciadas. Faz tempo que queria escrever sobre como no mundo corporativo o estado civil pode fazer diferença na carreira das mulheres.
As casadas são sempre mais respeitadas pelos colegas, chefes e esposas. Já as solteiras são vistas como uma ameaça constante, que fica rodeando todos os dias no ambiente de trabalho. Eis que surge aquele dia que você precisa ficar até tarde no escritório com um colega para terminar um projeto e a esposa liga. Lógico que ele não vai comentar que a colega é solteira ou que acabou de se divorciar e está mais linda do que nunca.
Momento para parentêses. Vamos combinar, que terminar um relacionamento, mesmo que nos deixe arrasadas, faz um bem enorme para o corpo e para a mente. Emagrecemos, mudamos o corte de cabelo, vamos ao salão, investimos em umas roupas novas e o astral muda completamente, já que os bares e baladinhas entram no radar.
A questão é que qualquer mulher pode sofrer algum tipo de preconceito no ambiente de trabalho, nem que seja nas avaliações. Será que o chefe não fica com receio de te promover porque pode parecer que ele tem interesse? Mesmo que ele admire sua competência? Não sei, mas com certeza essa dúvida já passou pela cabeça de muitos gestores e nós mulheres vamos ter que conviver com isso. Lógico que estar casada não impede nada, mas nas convenções, é no mínimo mais “sério”.
Eis que ontem surge um motivo para eu escrever e questionar o assunto. Uma amiga minha, que acaba de se separar e está passando uns dias na minha casa (parece que toda amiga minha jornalista na casa dos 30 está se separando, então: cuidado!), estava alugando um apartamento. Ela estava animadíssima para tomar o novo rumo da vida, ter um lugar só dela, dedicar-se ao trabalho e conseguir virar a página. Mas o preconceito acabou com toda a sua energia e felicidade. O proprietário do apartamento não aceitou a documentação dela para locar o apartamento porque é “solteira”.Isso mesmo, segundo ele, teve problemas com meninas e só aluga para homens “solteiros”. Imaginem a minha indignação com esse argumento. Em que década estamos vivendo? Como ele decide isso? Será que não posso processá-lo? Bom, deixa para lá esse preconceituoso.
Que essa situação desagradável, nos alerte, para que sejamos aliadas, as casadas, solteiras e divorciadas, que seja qual for a nossa opção civil, que as portas não sejam fechadas por puro simples preconceito barato e ultrapassado. Por isso, a minha mensagem da semana é: Abaixo o perconceito contra as solteiras e divorciadas! Fonte: Portal Você S/A - Blog Mulher em Pauta