Sempre que ouço alguém discursando sobre a Geração Y escuto que somos apressados. “Eles têm ansiedade demais”. Temos uma pressa danada, mesmo. Queremos chegar ao alvo o mais rápido possível. Não é mesmo? Calma, paciência. Sem ela, não chegaremos a lugar algum a não ser em um pronto socorro com sintomas de gastrite ou stresses. Aliás, uma amiga minha, bem geração Y de ser, certa vez estava muito irritada. Chegou ao médico e ele diagnosticou: estresse. Ela levantou, bateu com a mão na mesa e disse que não estava estressada. O médico apenas perguntou: percebe? O que ela tinha? Ansiedade de que os sonhos se realizassem rapidamente. Isso tudo é normal. Na verdade não deveria ser, mas acabamos por enfrentar como uma “situação comum aos jovens”.
Há um novo cantor, cujo trabalho muito me chama atenção, que em uma de suas músicas diz que “é uma ilusão querer pular vivência, pra ter sucesso sem antes errar“. Leo Cavalcanti, o cantautor paulistano de quem falo, na mesma música, que chama A Tal da Paciência, diz algo muito importante: ”minhas vontades sempre têm urgência, de qualquer jeito se realizar. Por isso eu sempre caio na demência e o tempo acaba por me atropelar.” Essas palavras dizem tanto, ao meu ver.
De nada adianta querer “devorar o mundo” de uma só vez. Precisamos degustar aos poucos. Levar tombos, levantar, sacudir a poeira e dar a volta a por cima. Como bem diz Paulo Vanzoline em sua canção: “um homem de moral…reconhece a queda e não desanima.” É só assim que aprendemos. Não adianta querer colocar os burros antes da carroça ou enfiar as mãos pelos pés. Vivamos cada momento. É disso que precisamos. Calma, tenhamos paciência. Fonte: Portal Você S/A - Blog Estagiário Y