semana de trote solidário

Alunos em organização de armários dos meninos abrigados

Os calouros de Direito do Univem (Centro Universitário Eurípides de Marília) encerraram essa semana de trote solidário com a prestação de serviços a entidades assistenciais. O primeiro passo da proposta humanística que vai acompanhá-los até a formatura. A instituição acredita que antes de estar profissionalmente pronto para servir à sociedade é preciso conhecê-la em sua integralidade.
A proposta de formar profissionais humanizados abrange todas as opções de curso do Univem. Uma campanha de arrecadação das necessidades básicas foi realizada e o montante conseguido destinado essa semana à Casa do Caminho, fraldas geriátricas, Lar de Meninas Amélie Boudet, xampu e condicionador, e Associação Filantrópica, pasta de dente e sabonete. “Perguntamos o que as entidades estavam precisando no momento”, observou a coordenadora adjunta do curso de Direito do Univem, Vivianne Rigoldi.
Há 11 anos o trote solidário substituiu “brincadeiras” de mau gosto no Univem, mas Rigoldi ressaltou que as ações sociais acompanham os alunos de todos os cursos até a formação acadêmica. “Primamos por uma formação humanística, não apenas uma indicação”. O objetivo é que as pessoas formadas nessa instituição sejam permeadas pela ética e preocupação com o semelhante em toda a sua atuação profissional, qualquer que seja ela.
Especificamente em Direito, a coordenadora ressaltou que “se o médico lida com a saúde física, o aplicador do Direito, independente da ocupação, lida com a saúde emocional”. Segundo Vivianne Riogoldi, não basta conhecer as leis, é preciso conhecer as pessoas, porque é sobre elas que o Direito atua e decide diariamente.
“Os jovens entram na faculdade normalmente restritos ao ambiente doméstico. É preciso abrir seus olhos para as realidades distintas existentes na sociedade”. Os calouros de Direito noturno desenvolveram atividades recreativas com as crianças do Lar Amelie Boudet na quinta-feira. Já na sexta os calouros do período diurno se dividiram entre Casa do Caminho e Filantrópica para prestar serviços diversos.
“Quem entra em uma instituição privada de ensino em geral tem uma posição sócio-econômica privilegiada e é muito proveitoso que entre em contato com outras realidades. Os jovens trazem sua contribuição e daqui (Filantrópica) poderão levar muito conhecimento sobre a vida”, disse o presidente da Filantrópica, Luiz Carlos Laraya.
Na Filantrópica os estudantes ajudaram a fazer a limpeza detalhada que no cotidiano quase não sobra tempo para os funcionários executarem. Higienização de janelas de difícil acesso de limpeza e organização interna de armários foram algumas das tarefas.
Tanto o Lar de Meninas Amelie Boudet quanto a Associação Filantrópica (meninos) são abrigos voltados a acolher crianças e adolescentes encaminhados pelo poder judiciário por estarem em situação de risco, violência ou abandono junto das famílias de origem. Já a Casa do Caminho é um asilo.
Fonte: Jornal da Manhã

 

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