Editar um texto não é procurar erros gramaticais, ensinam jornalistas

Magrinho, esbelto, sem pneuzinhos e gorduras localizadas. É desta (boa) forma que o texto ficará após ser passado a limpo, segundo as jornalistas Arlete Salvador e Dad Squarisi. O processo equivale a mandar as linhas para o spa.

As autoras de "Escrever Melhor" atentam o leitor que é inútil brigar com a balança da gramática ou resistir ao regime e preservar o tamanho do texto. Pelo contrário, só perderá no conteúdo. Enxugar, aqui, significa priorizar ali.

Uma dieta rica em substantivos e pobre em adjetivos é o recomendável, conforme as jornalistas. Sobrecarregar o leitor com informações irrelevantes não vale a pena. Editar é fundamental e vai além da caça de erros.

"Vale deixar claro: editar não é procurar erros gramaticais (embora devam ser corrigidos se aparecerem). Também não é incluir palavras difíceis porque vocabulário inacessível compromete a naturalidade da escrita. A edição pode ser resumida em dois verbos - cortar e trocar", explicam no livro.

Os instrumentos de trabalho que Arlete e Dad recomendam são o facão e o pé de cabra. Com o primeiro, o autor do texto eliminará frases longas e vagas. Utilizará o segundo para abrir espaço na pontuação e nos vocábulos, alargar frases e descomplicar orações.   Fonte: Livraria da Folha.com     

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