Um profissional que tem assumido posição de destaque crescente nos últimos anos: o consultor fiscal.

11/04/2011 - São Paulo - Dos bastidores no caixa positivo das empresas vem um profissional que tem assumido posição de destaque crescente nos últimos anos: o consultor fiscal. No emaranhado da legislação tributária no Brasil, é ele o responsável por encontrar o caminho que trará as menores despesas e a oportunidade de ganho ou crédito no pagamento de impostos.

“A procura por profissionais do setor aumentou 65% desde 2009, com a ampliação do investimento de multinacionais no país que precisam desvendar o complexo sistema tributário brasileiro”, aponta João Marco, headhunter da Michael Page.

Um consultor fiscal não depende apenas de uma calculadora e paciência, mas de conhecimentos jurídicos básicos e da recorrente atualização sobre a conjuntura macroeconômica no país.

“É fundamental entender o alcance dos impostos na gestão do orçamento público, para visualizar as consequências e possíveis brechas na legislação que diminuem o impacto financeiro para a empresa”, explica Clóvis Costa, coordenador do curso de Economia das Faculdades Oswaldo Cruz.

Trabalham na área os profissionais formados em Economia, Contabilidade, Administração e, em alguns casos, Direito, que tenham especialização em gestão financeira e setor tributário. O profissional precisa não ter medo de números, ter a capacidade de analisar estrategicamente os índices macroeconômicos e ainda o conhecimento de idiomas, principalmente inglês.

Segundo exemplificou Marco, uma multinacional instalada no Brasil precisa de cerca de 28 consultores fiscais que, em geral, trabalham em três tipos de cargo: na análise de impostos diretos como Imposto de Renda, na análise de impostos indiretos como IPI e ICMS, e no planejamento tributário. O último caso é o que assume a posição mais estratégica e, por isso, a remuneração mais alta.

Se há impostos, há a necessidade de consultores fiscais. “Enquanto não houver reforma do sistema tributário, o consultor financeiro assumirá um papel decisivo para as empresas. Caso um dia o sistema seja simplicado, ele também irá continuar a desempenhar funções adaptadas que têm incidência direta no desempenho das companhias”, diz Costa.
Fonte: Portal Exame
 

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