Enquanto o quadro de saturação de ozônio chegou a níveis alarmantes por praticamente todo o estado, devido ao tempo seco e ausência de chuvas, Marília junto com Presidente Prudente, seguem como as únicas regiões com níveis baixos do poluente, segundo dados da Cetesb.
Isso porque, segundo a assessoria técnica da Cetesb, a topografia e a distância dos centros poluidores ajudam na dissipação dos gases reagentes, que acabam não se acumulando de forma significativa sobre o município.
O ozônio se forma através da reação entre poluentes comuns como o hidrocarboneto - proveniente da queima de combustíveis fósseis - o óxido de nitrogênio que surge, por exemplo, nas queimadas somada a luz do sol.
Se inalado durante vários dias, o gás provoca desde tosse seca e cansaço, até agravamento de doenças respiratórias e morte prematura de pessoas com doenças respiratórias crônicas.O especialista em medicina esportiva, Vitor Barion, explica que a concentração desses poluentes tem implicações diretas sobre o rendimento respiratório.
“Com a presença desses gases o nível de oxigenação no sangue fica reduzido e isso causa problemas não apenas para esportistas, mas à toda população”.
O bancário aposentado Délcio Carpi viaja frequentemente pelo estado e é testemunha das diferenças na qualidade do ar. “Você vai à São Paulo e sente até um cansaço maior. Ai você retorna para cidades como Marília, Campos do Jordão, e fica evidente a melhora”.
A aposentada Laura Vieira ressalta que é por questões como essa que considera Marília uma das melhores cidades para se viver. Fonte: Jornal Diário de Marília