Ele é como bebida alcoólica nas mãos certas dá prazer e satisfação, nas mãos erradas traz preocupações e problemas
O cartão de crédito é seu amigo. Sim. Ele ajuda a ter fluxo de caixa, adiando o pagamento de suas compras em até 40 dias. O cartão serve para melhorar o uso de seu tempo, já que permite pagar todas as contas em apenas um dia do mês. Você não precisar guardar todos os tíquetes, já que o extrato mostra tudo o que foi gasto. Em viagens, traz segurança. Imagine ter de levar dinheiro em espécie para pagar todos os gastos? E o melhor de tudo: você acumula pontos que podem ser transformados em milhas para viajar de graça pelo Brasil e exterior. Ou mesmo para comprar outros produtos e serviços oferecidos pelas operadoras de cartões de crédito.
O paulistano Tiago Fecchio, de 25 anos, corretor de seguros, conheceu bem as desvantagens dos plásticos. Era viciado em compras pela internet, diz. Até pouco tempo atrás, ele comprava coisas inúteis e tinha mais de dez celulares. Tiago extrapolou feio no ano passado.
Chegou a dever várias vezes a sua renda mensal por não controlar o impulso. Quando chegava a conta do cartão eu corria para levantar dinheiro com todo mundo para pagá-la. Certo di a ninguém mais podia ou queria ajudar. Foi quando ele decidiu procurar o consultor de orçamento pessoal Mauro Calil.
O profissional mostrou para onde estava indo seu salário e os benefícios que poderia ter se fizesse o uso consciente do cartão de crédito. O cartão seduz com as vantagens que oferece, mas cobra a maior taxa de juros do crédito pessoal, diz Mauro. As taxas superam 230% ao ano.
RENEGOCIAÇÃO
Depois da conscientização dos benefícios do uso correto do dinheiro, Tiago partiu para a negociação. Tinha cinco cartões. Cada um dos bancos tem uma política própria de negociação. Enquanto o cliente paga o valor mínimo, a administradora do cartão não vai renegociar a dívida.
A saída é parar de pagar para negociar um desconto nos juros. Nesta situação, a pessoa perde o limite de crédito e fica com o nome sujo, mas é um dos caminhos para voltar a ter uma vida financeira azul. Outra saída é pegar um empréstimo pessoal, com taxa que é no mínimo a metade da praticada pelos cartões de crédito.
Com a planilha que fez, Tiago passou a gastar só o que sobra do mês anterior para investir nos objetivos que traçou para o seu futuro. Ficou com que oferece os benefícios mais adequados à sua vida e é isento de anuidade. Mesmo assim ainda olha para o cartão com desconfiança.
Fonte: Fonte Você S/A