´Viver com Aids é possível. Com o preconceito não´ foi o tema deste ano

Em Marília, como em todo o estado, a campanha Fique Sabendo, que estimula a realização do teste de HIV está em andamento desde 16 de novembro, mas o contato com a população foi intensificado.
No centro da cidade e nos pontos de testes rápidos de HIV da campanha, ontem o contato com a população foi aumentado através de um maior contingente de profissionais. Informações escritas e verbais procuraram conscientizar as pessoas sobre a prevenção e sobre o diagnóstico precoce para o início do tratamento. Porém, focaram também o preconceito, tema da campanha.
O trabalho desenvolvido pelo Programa Municipal de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e Aids, segundo a coordenadora Eliziane Aparecida de Oliveira, contribuiu para a redução do preconceito no município. Ela citou como exemplo a presença dos agentes noturnos nas ruas, que atuam junto à população de risco de contaminação, e a conscientização para a prevenção feita nas escolas.
Oliveira também concorda que a evolução do tratamento, com maior qualidade de vida e longevidade, e a divulgação de que o HIV não é transmissíveis por abraços, contatos, etc, também foram fundamentais para a mudança de comportamento da sociedade, mas ainda existe muito preconceito.
“Pronunciar a doença entre familiares, amigos ou no trabalho é uma escolha da pessoa. Afastamentos de um dia para consulta não precisam incluir essa informação específica no atestado médico. Porém, aconselhamos os portadores de HIV a comunicarem parceiros sexuais”, mencionou Oliveira.
Mas se por um lado o preconceito precisa acabar, o medo de se contaminar não. È preciso ser inteligente e utilizar o preservativo em relações sexuais para não se expor ao risco. A cada teste de HIV realizado na rotina do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) ou durante a campanha Fique Sabendo a pessoa tem sido orientada, ainda que o resultado seja negativo. “O teste negativo não é uma vacina. A pessoa não está imune e pode relaxar. Ela fica sabendo que não tem o vírus, mas pode contraí-lo a qualquer momento se não se proteger”, disse a coordenadora do programa.
A redução do preconceito, segundo Eliziane Oliveira, levou a um aumento da adesão aos testes. “Já estamos com um total de testes durante a campanha deste ano três vezes maior do que a do ano passado”. Foram feitos 1.226 exames, entre os rápidos, com furo no dedo e resultado em minutos e o convencional, com sangue enviado para o laboratório.
Entre as análises laboratorial, cerca de 200 já ficaram prontas e somando-se aos testes rápidos sabe-se que, por enquanto, apenas uma pessoa teve resultado positivo. Porém, ainda falta chegar mais exames de laboratório e a campanha continua somente no Terminal Urbano até sexta-feira.

Onde fazer o teste de HIV
No terminal, os testes rápidos estão sendo feitos na Upes (Unidade de Prevenção e Educação em Saúde), em espaço anexo, perto das roletas de entrada, das 7h às 18 horas.
A coordenadora ressaltou que o SAE (Serviço de Assistência Especializada), onde funciona o CTA, também realiza os testes rápidos, além dos convencionais, o ano todo, na rotina de trabalho, das 7h às 18 horas. Ambos tem a mesma confiabilidade. O endereço do serviço é rua Sete de Setembro, n. 716, no bairro Salgado Filho.
  Fonte: Jornal da Manhã 

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