Guerra por talentos, programas de retenção, profissionais mudando de emprego ou com mais de uma proposta em mãos, são alguns dos reflexos de uma realidade de mercado aquecido com escassez de mão-de-obra especializada.
Até aí nenhuma novidade.
Independentemente da sofisticação das ferramentas de retenção, sabemos que a gestão exerce fator fundamental no turn over organizacional. E considerando um cenário de guerra por talentos existentes, quais são os maiores erros cometidos por gestores na retenção de talentos?
Talvez o primeiro, seja pensar que quem faz a retenção dos profissionais nas empresas é a área de RH. Outro é achar que grana resolve problemas de retenção; talvez até resolva, mas só no curto prazo (ou curtíssimo).
Mas só acusar os gestores de “má gestão” também não é a melhor maneira. Ser gestor no mundo corporativo de hoje não é nada fácil. Metas agressivas, resultados cobrados com rigidez, pensar estrategicamente e ainda colocar (e muito) a mão-na-massa. Não é nada fácil mesmo…
Mas se esta é uma é uma função importantíssima para os gestores, há alguma coisa essencial que não dá para deixar de fazer quando falamos de retenção de pessoas chave? Sim, e não é nada complexo e nem demanda um MBA em RH.
Para retenção, os gestores devem investir tempo junto aos seus melhores talentos. Isso mesmo, investir tempo e atenção: descubra como eles aprendem, o que os motiva, o que de fato eles buscam na empresa como próximo passo na carreira (nem sempre é promoção), o que os faria deixar a empresa e porque eles ainda não a deixaram.
E investir tempo é reservar de fato um horário na sua agenda para fazer isto: almoce com seus melhores talentos ou reserve um café-da-manhã por mês para ouvi-los. Você verá que com proximidade, muitos “fantasmas” e pequenas insatisfações podem ser tratados na origem, e o gestor pode “cortar o mal pela raiz”, impedindo que pequenos problemas cresçam e gerem grandes insatisfações.
A perda de muitos profissionais para o mercado ocorre pela “gota d’água que transborda o copo”, dificilmente por um fator isolado. Conhecer as diversas “gotas” que podem encher o copo da insatisfação ao longo do tempo, faz com que o gestor possa tomar várias atitudes e ações preventivas.
Sim, o mercado está exigente, temos que trabalhar muito e as demandas parecem não encaixar no tempo disponível que temos. Mas investir tempo na proximidade dos seus melhores talentos nunca foi tão importante quanto agora.
E isto é tarefa do gestor, não dá para terceirizar para o RH. Fonte: Portal Você S/A - Blog Na Mira do Headhunter