O estresse cresce entre as executivas e causa uma série de doenças. Saiba quais são os problemas de saúde mais comuns nas empresas e veja o que fazer para escapar deles
As mulheres vivem com os nervos à flor da pele. Um levantamento realizado pela Med- Rio, especializada em check-ups, com 10 000 executivas ao longo dos últimos 20 anos mostra que o número de mulheres estressadas aumentou de 40%, no início dos anos 1990, para 60% em 2010.
"A dupla jornada de trabalho submete as mulheres à mesma tensão, ou talvez até maior, que a vivida pelo homem. Como consequência, elas estão desenvolvendo uma série de patologias que antes eram mais frequentes no universo masculino", diz o especialista em medicina preventiva Gilberto Ururahy, diretor médico da Med-Rio. Quem mais sofre com os altos níveis de estresse é o coração. Na década de 60, para cada vítima feminina de doenças cardiovasculares havia nove masculinas.
Hoje, depois da emancipação feminina, a proporção é de uma para três. A equação para uma vida saudável não é novidade: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e atitude positiva para encarar os problemas pessoais e profissionais. A questão é que a receita da longevidade muitas vezes não se encaixa na agenda turbinada das executivas.
Antes, acreditava-se que a presença dos hormônios sexuais femininos, sobretudo o estrogênio, já era o bastante para proteger o coração das mulheres abaixo dos 40 anos. Mas a Sociedade Brasileira de Cardiologia tem alertado para o aumento de casos de infarto do miocárdio em mulheres jovens.
A pesquisa da Med-Rio revelou que o percentual de mulheres com altos índices de gordura no sangue mais que dobrou nos últimos dez anos e a incidência de hipertensão arterial passou de 12% para 20%. Vale lembrar que nada é mais pernicioso para a saúde do coração do que a hipertensão arterial. Os quilinhos extras também contribuem para a elevação da pressão arterial e dos níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue. Sem falar do desgaste que é para a coluna sustentar um corpo acima do peso.
A coluna, aliás, é uma das maiores vítimas do estilo de vida moderno das mulheres. O confinamento no escritório e a falta de exercícios pioram tudo. Uma executiva que trabalha de dez a 12 horas por dia permanece cerca de seis horas sentada. Por volta dos 40 anos, terá passado três anos sem levantar! Para não engrossar o time dos que sofrem de dor nas costas, que, segundo uma pesquisa da Pfizer e do Ibope com 1 400 brasileiros, só perde para o número de pessoas que sofrem de dor de cabeça, a regra é pétrea: mexa-se. A atividade física ajuda a prevenir a maioria das doenças da modernidade — da hipertensão ao estresse.
Fonte: Portal Você S/A