Para isso, é necessário um grupo de competências e atitudes esperadas pelo mercado

Foi o tempo em que estar constantemente atualizado, cursar boa universidade e ter um segundo idioma eram os principais fatores para uma carreira de sucesso. Hoje, além de tudo isso, que não perdeu sua importância, “é necessário um grupo de competências e atitudes esperadas pelo mercado”, como afirma o diretor de pesquisa da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Eugenio Mussak.

Mussak divide alguns importantes pontos de melhoria em vertentes de competências técnicas, práticas e éticas.

Competências Técnicas Competências Práticas Competências Éticas
Formação básica Gestão avançada Confiança institucional
Proficiência técnica Cultura de planejamento Responsabilidade social
Atualização permanente TI de ponta Respeito ambiental
Cultura de inovação Poliglotismo Cuidado e melhoramento (excelência)

Segundo Mussak, o mercado não busca por profissionais bons apenas em competência ética ou  alguém excelente somente no lado prático, as organizações hoje precisam do profissional completo. “Uma competência potencializa a outra. O lado técnico tem de ser bem amparado pelo lado ético, que complementa o prático. Enfim, quando falta um desses pontos, nada se sustenta”, diz.

Por que as empresas estão cobrando isso dos profissionais? Simples, porque para terem sucesso elas também precisam inserir tais valores e competências em seus processos. “Há organizações com ótimos produtos e serviço péssimo, e pessoas ótimas técnicas sem nenhuma capacidade de lidar com gente”, afirma Mussak. “É preciso alinhar para ter melhores resultados”, completa.

  Deixando de ser vítima Aentar-se a essa demanda do mercado é importante para ter o controle da própria carreira e responsabilizar-se pelo seu sucesso ou fracasso - o que, segundo Mussak é um desafio de profissionais hoje. “Empresas querem iniciativa, pessoas que tenham atitude para propor, desenvolver processos e a própria carreira. E não quem se coloca na posição de vítima das circunstâncias e espera que o desenvolvimento seja proposto pela organização apenas”, diz Mussak.

O CEO Global do Great Place to Work, José Tolovi Jr. compartilha desta visão. “Cada um tem de cuidar da sua carreira, afinal a carreira é de cada um, e não da empresa onde trabalha”.

Liderando (inclusive a carreira) Dentre as competências exigidas hoje, liderança, que pode ser enquadrada na vertente prática, continua sendo muito requerida de qualquer profissional. “A capacidade de liderança e o empreendedorismo varia de pessoa para pessoa, mas cada um, independente do nível hierárquico, deve ter as duas competências”, afirma o reitor da Unimonte, ex-presidente da Embraer, Ozires Silva.

E não estamos falando apenas de liderança de equipes, é preciso gerir a carreira antes de mais nada. "O mercado precisa de profissionais que sejam capazes de liderar a própria carreira", garante Mussak.

Os três executivos estiveram reunidos durante o I Seminário de Recursos Humanos dos Países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizado pela ABRH-Nacional na última segunda-feira (02). Durante o evento foram discutidas também as estratégias de crescimento e competências profissionais que dirigentes deverão ter para liderar e crescer.   Fonte: Portal UOL / Empregos 

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